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Apadrinhamento proporciona suporte afetivo, financeiro e profissional a crianças e adolescentes em acolhimento

Na primeira imagem: Iasmim (filha biológica da professora aposentada Eliane Carvalho ao centro), e Maria Ingrid Foi em um cenário de pandemia, onde todas as pessoas precisaram se isolar do convívio social, que teve início a relação de madrinha e afilhada entre a professora aposentada Eliane Carvalho e a adolescente Maria Ingrid. As conversas começaram por meio de telefone, no final de 2020, nas vezes em que Eliane ligava para a instituição de acolhimento para falar com a menina e, assim, irem compartilhando as suas histórias e se conhecendo aos poucos. A professora conheceu o Programa de Apadrinhamento Anjos da Guarda, da Vara da Infância e Juventude de Jaboatão dos Guararapes, durante uma palestra na escola em que atuava na época como gestora. O assunto era a importância do acolhimento das crianças e adolescentes que vivem em instituições do município pelas escolas. Mas Eliane saiu mesmo tocada pela abordagem sobre apadrinhamento. Com um histórico de adoções na família, Eliane teve dificuldades para engravidar de sua filha biológica e sempre considerou a adoção como uma possibilidade. “Eu fiquei muito emocionada com o conteúdo apresentado pela juíza e quando terminou a palestra eu estava chorando”, revelou. Ao se inscrever no programa Anjos da Guarda, Eliane optou pela modalidade afetiva, em que as madrinhas e padrinhos estabelecem um vínculo de convivência familiar com as(os) afilhadas(os), e selecionou Maria Ingrid, na época com 15 anos, pela proximidade de idade entre ela e sua filha adolescente. Com a chegada das vacinas e a amenização da pandemia, foi possível que a adolescente começasse a frequentar a casa de Eliane aos finais de semana. À medida que a menina foi ficando mais velha e já conseguia se locomover sozinha, as visitas foram facilitadas em virtude da distância entre a cidade de Moreno, onde Eliane reside e a instituição, que fica em Jaboatão dos Guararapes. A madrinha conta que nem sempre foi fácil a adaptação. “São estruturas familiares bem diferentes e ela ainda tem uma ligação forte com a família. E no caso de Maria Ingrid o poder familiar não foi destituído, mas ela não queria voltar para casa. Existe uma diferença muito grande entre a estrutura da minha família e tudo o que ela viveu em família. Então tudo que ela vivenciou fez com ela se fechasse. Ela é alegre, convive bem, mas não expressa muito os sentimentos e essa acaba sendo a maior dificuldade que eu tenho tido até hoje”, explica. Maria Ingrid concorda que o amor que tem recebido da família está ajudando a quebrar essas barreiras. “Nunca imaginei ter uma madrinha e padrinho. Mas ao passar do tempo, tive o privilégio de saber que tinha um padrinho e uma madrinha desejando por mim. Não está sendo tão fácil, porque tenho ‘dificuldade’ com comunicação, não consigo me desabafar para todo mundo, tenho que ter intimidade suficiente para chegar neste ponto, e é exatamente isso que estamos indo atrás, da confiança”. Ao completar 18 anos, em fevereiro deste ano, a jovem saiu da instituição de acolhimento e foi morar com a família de Eliane. Antes disso acontecer, Eliane acolheu também a irmã mais nova de Maria Ingrid, que atualmente mora com a professora e está em processo de regularização de sua guarda.  “A gente vem enfrentando todas as dificuldades A gente não pode se enganar e dizer que é tudo mil maravilhas, porque não é. Tem as dificuldades de personalidade, de problemas que elas vivenciaram de descaso, violência, abandono. E isso não fica esquecido, isso fica registrado”, afirma a professora. “Durante esses três anos houve muitos momentos difíceis, mas eu não queria desistir porque eu só pensava nas inúmeras perdas que elas já tiveram. Às vezes eu estava sem tempo, porque era muito longe para ir buscar e depois levar no domingo à tarde, mas eu não podia desistir porque ela já tinha perdido muita coisa na vida e eu não podia ser mais uma”, completou Eliane. Atualmente Maria Ingrid faz curso de Administração no Senai e um estágio em um cartório de Jaboatão, o que ajuda com as despesas pessoais e já lhe dá alguma independência. Também se prepara para o Enem fazendo cursinho online pela manhã. “O apadrinhamento para mim, significa que tenho mais pessoas torcendo para que eu possa ter aquele lindo e desejável futuro que Deus preparou para mim! Ele significa que apesar das dificuldades ocorrentes da vida, eles vão sempre estar ali para lhe ajudar. Acho que o que realmente significou para mim em relação a este apadrinhamento, foi SER AMADA”. “Sou muito grata por Deus ter colocado eles em minha vida, de verdade, eles estão sendo o apoio que eu precisava e que preciso! O meu maior sonho é ser uma missionária, fazer faculdade de Educação Física e ajudar financeiramente aos meus pais e meus irmãos, e com toda certeza, ajudar meus padrinhos quando eles precisarem de mim, não importa se vai ser financeiramente, o importante é que vou estar disposta a ajudar eles. Fazer um pouco daquilo que estão fazendo por mim agora!”, finaliza Maria Ingrid. O programa Anjo da Guarda Jaboatão é um dos programas de apadrinhamento do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que buscam promover a convivência comunitária de crianças e adolescentes acolhidos, possibilitando seu desenvolvimento físico, mental e social, por meio do apadrinhamento que pode ser exercido nas modalidades afetivo, profissional e provedor.  A juíza Christiana Caribé, titular da Vara da Infância de Jaboatão dos Guararapes, destaca como o programa vem contribuindo para ressignificar a vida de centenas de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. “O apadrinhamento em todas as suas modalidades tem se mostrado um importante programa de resgate e direcionamento de vidas de milhares de crianças e adolescentes em todo o País. As mudanças comportamentais são impressionantes, melhorando a autoestima e o emocional dos apadrinhados. As madrinhas e padrinhos dedicam tempo, amor e recursos financeiros, a depender da modalidade: profissional, afetiva e financeira. As três modalidades podem ser oferecidas em conjunto ou separadamente, a depender do que o padrinho/madrinha deseja e pode oferecer. Programas de apadrinhamento ressignificam vidas. Precisam ser amplamente pulgados casos como os de Eliane e a afilhada Maria Ingrid. A sociedade precisa saber como é fácil ajudar a melhorar a vida de crianças e adolescentes acolhidos, evitando que ao atingirem a maioridade não estejam preparados para uma vida autônoma e digna”, pontuou.  O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) possui atualmente 13 iniciativas distribuídas em Comarcas como Recife, Cabo de Santo Agostinho, Vitória de Santo Antão, Palmares e Petrolina. O público-alvo são crianças a partir de dez anos e adolescentes, além de crianças de qualquer idade e adolescentes com deficiência. O apadrinhamento não cria vínculo jurídico entre madrinha ou padrinho e afilhada ou afilhado, podendo ser do tipo afetivo; financeiro ou provedor; financeiro ou provedor institucional; e profissional ou voluntário. – A(o) madrinha/padrinho afetivo visita a criança ou a(o) adolescente regularmente, podendo passar finais de semana, feriados ou férias escolares com ela(e), proporcionando a vivência social e afetiva por meio da convivência comunitária. – Nesse caso é dado o suporte material ou financeiro, por meio de doação de material que atenda à necessidade da(o) afilhada(o) ou através de contribuição mensal, custeando gastos com escola, reforço escolar, tratamentos na área de saúde, curso profissionalizante, prática de esportes, entre outras atividades. Também é possível ser madrinha ou padrinho financeira(o) ou provedora(o) institucional, em que se dá uma ajuda em dinheiro única ou periódica para uma instituição acolhedora. Com isso, a entidade pode comprar equipamentos e outros materiais necessários para o acolhimento de crianças e adolescentes. - a pessoa disponibiliza seu trabalho voluntariamente para atender às necessidades de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. Para participar dos Programas de Apadrinhamento do TJPE é necessário possuir mais de 18 anos, comprovar idoneidade moral e comparecer à Vara da Infância e Juventude de sua cidade para se inscrever no programa. O apadrinhamento financeiro/provedor e profissional/voluntário também pode ser feito por pessoa jurídica. Caso não haja programa próprio de apadrinhamento na Comarca da pessoa interessada em participar da iniciativa, ela poderá se candidatar ao apadrinhamento por meio do Programa Pernambuco que Acolhe, oferecido pela Ceja-PE. Nestes casos, é necessário preencher a ficha de inscrição online, disponível no site do TJPE. A equipe técnica da Comissão Estadual Judiciária de Adoção entrará em contato para agendar a entrevista e os outros procedimentos necessários à efetivação do apadrinhamento. Recife - Estrela Guia 2ª Vara da Infância e Juventude da Capital Centro Integrado da Criança e do Adolescente Rua João Fernandes Vieira, 405, Boa Vista Telefones: (81) 3181.5962/5904 Olinda - Anjos de Olinda Vara da Infância e Juventude da comarca de Olinda Fórum Lourenço José Barreto Avenida Pan Nordestina, s/n, km 4, Salgadinho/Vila Popular Telefones: (81) 3182.2681/2682 Paulista - Conta Comigo Vara da Infância e Juventude da comarca de Paulista Fórum Dr. Irajá de Almeida Lins Rua Senador Salgado Filho, s/n, Centro Telefone: (81) 3181.9021/9019 Abreu e Lima - Padrinho do Coração 3ª Vara Cível da comarca de Abreu e Lima Fórum Serventuário Antônio Camarotti Avenida da Assembleia, 514, Timbó Telefones: (81) 3181.9365/9363 Jaboatão dos Guararapes - Anjo da Guarda Vara da Infância e Juventude da comarca de Jaboatão dos Guararapes Fórum Des. Henrique Capitulino Rodovia BR-101 Sul, km 80 (em frente à Fábrica Nestlé), Prazeres Telefones: (81) 3182.6887/6888 Cabo de Santo Agostinho – Farol Vara Regional da Infância e Juventude da 2ª Circunscrição Fórum Dr. Humberto da Costa Soares Avenida Presidente Getúlio Vargas, 482, Centro Telefones: (81) 3181.9255 Vitória de Santo Antão - Mãos que Cuidam Vara Regional da Infância e Juventude da 4ª Circunscrição Edifício Vitória Plaza Rua Melo Verçosa, 350, 1º andar, Matriz Telefone: (81) 3526.8504/8501 Palmares - Laços de Afeto Vara Regional da Infância e Juventude da 6ª Circunscrição Fórum dos Palmares Professor Aníbal Bruno Loteamento Dom Acácio Rodrigues Alves, Quilombo II Telefone: (81) 3662.0157/0166 Caruaru - Projeto Laços: desatando nós, construindo relações Vara Regional da Infância e Juventude da 7ª Circunscrição Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras Avenida José Florêncio Filho, Maurício de Nassau Telefone: (81) 3725.7463 Serra Talhada - Família Amiga Vara Regional da Infância e Juventude da 20ª Circunscrição Fórum Dr. Clodoaldo Bezerra de Souza e Silva Rua Cabo Joaquim da Mata, s/n, Tancredo Neves Telefones: (87) 3929.3586/3574/3593 Salgueiro - Construindo Elos 2ª Vara Cível da comarca de Salgueiro Fórum Cornélio de Barros Muniz e Sá Rua Manoel Francisco Santiago, 300, Augusto Alencar Sampaio Telefones: (87) 3871.8779/8787 Petrolina - Acolhida Cidadã Vara Regional da Infância e Juventude da 18ª Circunscrição Fórum Dr. Manoel Souza Filho Praça Santos Dumont, s/n, Centro Telefones: (87) 3866.9779/9773/9781 Ceja/PE – Pernambuco que Acolhe Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja-PE) Centro Integrado da Criança e do Adolescente Rua João Fernandes Vieira, 405, Boa Vista Telefones: (81) 3181.5953 .......................................................................... Texto: Amanda Machado – Cláudia Franco | Ascom TJPE Fotos: Cortesia   
25/05/2023 (00:00)
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