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Reunião Solene: 20 anos sem Dom Helder Camara

Com a presença de autoridades, representantes de entidades não governamentais e amigos do religioso, a Assembleia Legislativa realizou, nesta quarta (21), uma Reunião Solene para lembrar os 20 anos da morte do arcebispo emérito de Olinda e Recife, Dom Helder Camara. A iniciativa foi proposta pelo deputado Waldemar Borges (PSB). O Dom da Paz, como era conhecido, faleceu no dia 27 de agosto de 1999, aos 90 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória, na residência anexa à Igreja das Fronteiras, onde viveu por 31 anos. Dom Helder Camara foi um sacerdote de intensa atividade e tinha como missão ajudar os mais necessitados. Nascido em Fortaleza (CE), foi ordenado padre aos 22 anos. Transferido para o Rio de Janeiro, onde chegou a ser bispo auxiliar na arquidiocese, Dom Helder alcançou projeção ao participar da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Banco da Providência e da Cruzada São Sebastião. Em abril de 1964, foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife. Em razão das firmes pregações e ideias de cunho social, Dom Helder passou a confrontar o Regime Militar implantado na época e foi perseguido pelas forças da repressão, inclusive tendo o nome proibido de ser citado na mídia local. Único brasileiro cotado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz, o religioso escreveu mais de 20 livros. Neles, defendeu os ideais da não violência e da igualdade social. Em 1984, o Dom da Paz deixou as atividades eclesiais. “A forte atuação em favor dos pobres e a voz corajosa, mesmo diante das adversidades, foram marcas desse líder religioso”, destacou o deputado João Paulo (PCdoB), que presidiu a cerimônia. O parlamentar acrescentou que, recentemente, a Lei Federal nº 13.581/2017 consagrou Dom Helder como Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos, ressaltando que é longa a lista de manifestações de apreço a ele pelo extraordinário trabalho desempenhado. “Todos aqui, contemporâneos ou não da sua obra, somos herdeiros do legado que Dom Helder deixou. Seja por seus atos de fraternidade, por sua coragem, seja pela forma verdadeira como vivia a fé e exercia o sacerdócio”, afirmou Waldemar Borges no discurso. O parlamentar lembrou que o religioso foi agraciado com mais de 700 títulos e homenagens pelo mundo afora, e que cada honraria é demonstração do reconhecimento da luta dele contra as injustiças sociais. “Vamos viver com paixão a resistência para que seus valores continuem iluminando o Brasil e o mundo”, frisou. O professor Antônio Carlos Maranhão e a conselheira do Tribunal de Contas do Estado, Teresa Duere, receberam uma placa alusiva à data, como representantes do Instituto Dom Helder Camara, entidade criada pelo sacerdote que, entre outras ações, tem o objetivo de preservar a memória do seu fundador. Maranhão agradeceu a iniciativa da Alepe, lembrando que o Dom da Paz foi uma pessoa reverenciada mundialmente. “Tenho muita honra de perpetuar o legado e a memória de Dom Helder. Ele foi amado e odiado por causa de sua fidelidade ao Evangelho”, disse.  Durante a reunião foi exibido o curta-metragem Dom Helder: Pastor da Liberdade, que fala sobre a vida do religioso durante o período da ditadura militar. O filme foi produzido pelos jornalistas Marcos Cirano, César Almeida e Ciro Rocha, sob o patrocínio da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
21/08/2019 (00:00)
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