Colegiado discute formação e requalificação de trabalhadores na área de tecnologia
A estrutura disponível no Estado para oferta de tecnologia e formação de pessoas foi o tema da reunião desta segunda (20) da Frente Parlamentar sobre os Impactos da Quarta Revolução Industrial em Pernambuco. O colegiado recebeu representantes do Governo do Estado, do Parque Tecnológico de Eletroeletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco (Parqtel) e da Sociedade dos Usuários de Tecnologia (Sucesu) de Pernambuco.
Para o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Aluísio Lessa, as 400 empresas de inovação instaladas em Pernambuco criam um ambiente favorável à geração de empregos. Ele defendeu investimentos na formação dos jovens e requalificação de trabalhadores desempregados. “O setor emprega quase 10 mil pessoas, e a projeção é que, nos próximos cinco anos, essa capacidade dobre. Então é preciso correr com isso”. Lessa também propôs debater na Alepe o decreto que está sendo preparado para regulamentar a Lei Estadual da Inovação, aprovada em dezembro do ano passado.
Cientista-Chefe do Parqtel, Carmelo Barros não acredita no desaparecimento dos empregos. Para ele, as mudanças no mercado “geram postos mais qualificados e também de maior renda”. A entidade iniciou, em janeiro, o primeiro curso de residência tecnológica em inteligência artificial, voltado para a resolução de problemas da indústria.
Na avaliação do presidente da Sucesu Pernambuco, Romero Guimarães, a 4ª Revolução Industrial deveria ser marcada pela redução da carga horária de trabalho e aumento da demanda por lazer e entretenimento. “É preciso haver uma conscientização maior dos empresários de que o ganho de produtividade conseguido com a tecnologia também deve ser repassado, de alguma forma, para o trabalhador, que está sendo produtivo quando um único posto de trabalho vale por três ou quatro”, pontuou.
O turismo foi apontado como setor capaz de gerar renda durante o período de transição, enquanto o mercado se prepara para os tempos futuros. “Os novos empregos não devem ser suficientes para cobrir os postos perdidos”, acredita o coordenador da Frente Parlamentar, deputado João Paulo (PCdoB. Nas próximas reuniões, o colegiado deve ouvir representantes de universidades. Também será programada uma visita ao Parqtel.