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Sertão de Itaparica: deputados reagem à construção de usina nuclear em Itacuruba

A mobilização de movimentos sociais e da Igreja Católica contra a construção de uma usina nuclear na cidade de Itacuruba (Sertão de Itaparica) foi destacada pelos deputados Doriel Barros (PT) e Isaltino Nascimento (PSB), na Reunião Plenária desta segunda (17). A possibilidade de instalação de um empreendimento desse tipo no município está prevista em estudo concluído este ano pela Eletronuclear, estatal brasileira do setor, e foi anunciada no World Nuclear Spotlight, evento realizado em abril e que reuniu representantes da indústria nuclear no Rio de Janeiro. Doriel Barros apoiou, em seu discurso, a manifestação realizada neste domingo (16) em Itacuruba, onde representantes da Igreja Católica, de quilombolas, de tribos indígenas e outros movimentos sociais da região protestaram contra a possível construção da usina nuclear. “Seria mais uma tragédia para o município, que já sofreu com a implantação de hidrelétrica na região. Com uma usina nuclear às margens do Rio São Francisco, qualquer problema ali poderia destruir toda a área”, avaliou o petista. Também em discurso, Isaltino Nascimento salientou que o Artigo 216 da Constituição Estadual proíbe a instalação de usinas nucleares em Pernambuco, “enquanto não se esgotar toda a capacidade de produzir energia hidrelétrica ou oriunda de outras fontes”. “Em reunião com representantes de movimentos sociais e da Arquidiocese de Olinda e Recife, informei que o Governo não tem intenção nenhuma de tentar retirar essa proibição”, relatou o socialista. “Ao contrário: queremos protocolar na Alepe uma emenda constitucional a fim de exigir também a realização de um plebiscito para instalação de usinas nucleares”, informou. Em aparte ao discurso de Isaltino, Teresa Leitão (PT) considerou que a usina “só trará riscos para a região” e que é preciso respeitar as tribos indígenas do Sertão de Itaparica. João Paulo (PCdoB) observou que, segundo especialistas, “o Nordeste conseguiria abastecer o Brasil inteiro, utilizando apenas energia solar”. Alberto Feitosa (SD), por sua vez, ressaltou que o debate sobre a usina também precisa considerar exemplos internacionais a respeito do uso de energia proveniente de matriz nuclear. “Na Rússia, a energia elétrica é vendida a custo baixo, com grande uso da matriz nuclear. E, na França, temos regiões com produção de vinho renomado no mundo inteiro, subsidiado pelas usinas nucleares instaladas nas proximidades”, citou. “Temos que levar em conta que os recursos financeiros gerados por uma usina podem ser utilizados para suprir as carências de tribos indígenas”, pontuou o deputado.
17/06/2019 (00:00)
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